A vida de Jesus foi marcada por cálices. Significa que o Filho de Deus suportou experiências favoráveis e desfavoráveis. Sempre tinha um cálice para sorver. Quando foi traído pelo Seu discípulo, com Seu espírito vazado e Sua alma atordoada, disse: “Pai, se possível, afasta de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres”. Aprouve ao Pai que o Filho bebesse do cálice da cruz.
O que deixou Jesus horrorizado com o cálice da cruz foi a expectativa de suportar o peso da ira de Deus contra o pecado que Ele havia de levar sobre si. Jesus “que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” (II Co 5.21). Sendo de caráter santo e impecável, Ele se tornou o sacrifício aceitável.
Jesus enfrentaria o cálice da cruz, sabendo que estaria desamparado da presença do Pai e da Sua misericórdia. Ele expressou a dor de estar só e desamparado quando disse: “Eloí, Eloí, lamá sabactâni? Meu Deus, meu Deus, por que me desamparaste?” (Mc 15.34). O cálice da maldição divina por causa do pecado estava prestes a ser derramado sobre Cristo, na cruz do Calvário. Ele enfrentaria o horror do pecado para redimir o seu povo.
Agora experimentamos o Cálice da Bênção. O mérito é de Cristo e as copiosas bênçãos são nossas. O temos como o Cabeça da igreja em uma unidade espiritual, numa comunhão mística, permanecendo n’Ele e crescendo no conhecimento de quem Ele é. Obtendo do Cristo vivo os dons do Espírito Santo para a edificação e conforto mútuos da igreja.
Esse Cálice se tornou o símbolo da nossa salvação, algo obtido somente pela fé em Jesus Cristo, cuja missão estava ligada ao amor de Deus por nós; uma bênção para aquele que está em Cristo, mais que isso, Deus sendo glorificado por conceder aos míseros pecadores Sua graça e Sua bondade que são infinitas e ilimitadas. O cálice da Bênção é um reconhecimento de que o céu O glorifica pelo que Ele fez em salvar pecadores.
De seu pastor e amigo,
Pastor Washington Luiz da Silva