“Se sabem que ele é justo, reconheçam também que todo aquele que pratica a justiça é nascido de Deus”.( I João 2.29)
João era um senhor de idade bem avançada quando escreveu essa epístola. A sua experiência com momentos de tribulação, problemas e tantas outras dificuldades pelas quais as igrejas passavam era bem sedimentada. Muitos servos esfriaram na fé, se enveredaram por uma vida cristã nominal. Outros, confrontados pelas ondas da época, misturavam os princípios do Evangelho com ideias das religiões e filosofias da época, tentando desenvolver uma palavra sem o sacrifício da cruz. Dura sentença: “quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim” (Mt 10.38). Os erros cometidos por eles não devem ser repetidos. É preciso que vivamos a vida cristã como fomos instruídos pela Palavra.
A vida cristã, no seu cotidiano, não deve ser algo apresentável pela etiqueta humana, desassociada da condição de ser filho de Deus, porque “Nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo: todo aquele que não pratica a justiça não procede de Deus...” (I Jo 3.10); é um teste simples: praticar a justiça! Deus é justo, por isso devemos espelhar em nossa vida a sua justiça. Observe o texto: “Se sabem que ele é justo, reconheçam também que todo aquele que pratica a justiça é nascido de Deus” (I Jo 2.29). Temos características que estabeleceram o que somos quando nascemos. Assim, também, quando nascido de Deus, em Cristo, as suas características permanecem em nós.
João faz uma distinção entre justiça e pecado: primeiro, identifica os que praticam a justiça como pessoas justas: “Filhinhos, ninguém vos engane. Quem pratica justiça é justo, assim como ele é justo(v.7). Em segundo, imputa de realidade inaceitável por aqueles que não têm preocupação com a agressão que o pecado promove na vida: “Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio” (v.8). A justiça foi feita por nós; libertos do pecado não há condenação, nem mesmo uma relação com o pecado, porque “Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo” (I Jo 3.7,8). Fomos alcançados pela misericórdia de Deus. em Cristo, que veio para desfazer as obras do diabo.
Como você entende essa afirmação: “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca” (I Jo 5.18)? À luz dessa afirmação, é possível o cristão não pecar? Muitos acreditam que não pecam, e isso é perigoso! Crer nisso anula a justiça que contempla o perdão e revela o engano que vivemos: “se dissermos que não temos pecado, enganamos a nós mesmo e a verdade não está em nós” (I Jo 1.8). O cristão continua sendo um ser que peca, com um diferencial de confessar o pecado e buscar o perdão de Deus: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (I Jo 1.9). Deus mostra ser fiel à Sua promessa de nos salvar, perdoando os nossos pecados.
De seu pastor e amigo,
Pastor Washington Luiz da Silva
